domingo, 15 de março de 2009

PENINHAS PELO CHÃO


PENINHAS PELO CHÃO...

(Clevane Pessoa de Araujo Lopes)

Ao buscar um presente extraordinário,

fecundo qual a Terra,

refrescante qual a chuva,

perfumado qual jasmim e hortelã,

sensual qual a maçã,

pedi ao vento que passava

uma carona especial.

O danadinho, volteando em espirais,

levou-me ao arco-iris,

onde fui recebida e vi tanta beleza,

qua quase não volto mais...

Lá , pedi por toda a alegria da vida,

toda saúde do soma animado,

todo amor do coração fremente,

para a amiga distante mas tão presente...

a paz da cor nívea das graças,

a paixão vermelha qual a amora,

e toda atenção do ser amado,

para então presentear

para quem no mundo só sabe amar...

Então o rei do arco-iris, saiu a dançar

e voltou cercado de seres alados

não aves, mas anjinhos, de verdade

querendo aprendizados.

E lhes disse: - "Prometi que iam aprender

a ser fraternos e educados,

talentosos e sensuais,

a rir, a cantar, a cuidar de flores,

não foi?"

Então, serão guardiões

dessa linda pessoa,

em troca de seu exemplo...

Por isso, minha amiga, se passar

ai no chão à sua volta, encontrar,

peninhas brancas e leves, pode saber :são eles, que te protegem,

a ti, que coisas boas me escreves,

a ti que só sabes amar...


(Esse poema foi escrito, originalmente, para Mara José Soares)

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