sábado, 26 de julho de 2008

SEBASTIÃO e poemas para crianças







As fotos mostram o autor, Sebastião(J.S.Ferreira), entre crianças (no lançamento), uma das pgs do livro, a garota Noélia, que no SEMENTES DE POESIA, lê Cecília Meirelles, Sebastião e outros poetas com poemas para crianças,a caixa de poemas, os livros.
O MUNAP também sorteia e a cada apresentação, distribuo livros meus e antologias onde estou, qual o Elos e Anelos (Guemanisse), PRosa Gerais(CLESI),Mulheres no Banquete de Eros (Edit.aBrace), ME18(Edições Alternativas), Sonata Poética (Anomelivros),Antologia Poética(Edit.ALBA), Palavras de Abril(ALPAS XXO) e outras, além do livro "Onde e Quando" do artista plástico e escritor, o poeta Luiz carlos Rufo (*).

Dentro da caixa, ficam poemas impressos, entre os quais , muitos autores que conoisco estiveram no PAS E POESIA, do Movimento Poetas Pela Paz e Pela poesia.


A poetisa e peça indispensável à divulgação e andamento do CLESI(Clube dos escritores de Ipatinga), entevista aqui , Sebastião ferreira, a quem também já entrevistei.
Quero, ao transcrever a entrevista do site do CLESI, apresentar o autor às crianças e adolescentes, já que seus poemas estãos endo bastante lidos no SEMENTES de POESIA, uma ação do MUNAP(*),irigido por Regina Mello.
Colocamos livros e poemas em uma caixa e quem não é poeta mas gosta de ler poesia, ou mesmo bardos que desejem homenagear outros, podem ler versos dos autores desejados.
O livro JENIPAPO, do Sebastião, das edições Giro-Lê, foi selecionado e editado pelo CLESI em parceria com a Aldrava letras e artes.

Leiam:

http://www.clesi.com.br/entrevista/entrevista.html

J.S. FERREIRA

Por Marilia Siqueira Lacerda




Como se fosse um maestro a orquestrar versos curtos, embalado por uma musicalidade quase palpável. Assim, eu descrevo o autor de Jenipapo! E me pergunto toda vez que leio algum dos seus poemas para alguém, ou apenas, os releio para me sentir em estado de encantamento e ver, como é fantástico ter o privilégio de estar com um livro como este nas mãos. Será magia? Só sei que tem algo que ninguém tira ou “rouba” de cada um de nós: A permissão de nos tornarmos donos de um texto que nos foi cedido, indiretamente pelo autor, para que possamos viajar através de suas orquestradas palavras. E mais! Nada melhor do que apalpar as idéias, que ficam aí fervilhando na cabeça da gente, e vê-las expostas por alguém especial para o público, principalmente, o infantil. E, finalmente, como a união das artes se transforma num produto de invejável valor?
Gostar de poesia, amar a poesia, ser poesia, sentir a poesia como parte de nós mesmos, todos já devem ter experimentado em algum momento. Mas, o que o J.S. Ferreira criou para presentear o público infantil é muito mais do que magia. É entrega, é doação total. Disso, eu tenho certeza!



Marilia – Como escrever algo tão charmoso e rico, como a poesia que está imortalizada em vinte e oito páginas de seu livro Jenipapo?
J.S.Ferreira – Jenipapo foi feito de maneira despretensiosa, sem nenhum compromisso com editora ou crítica literária. Foi feito com amor, e seus textos refletem a imagem de uma infância privilegiada, que vivi numa pequena cidade do interior, cercada de rios, cachoeiras e fazendas, bichos e uma natureza exuberante. É neste cenário que busco, ainda que um pouco tarde, a inspiração para o meu fazer poético. Estou feliz por ter escrito Jenipapo e me sinto honrado de vê-lo editado através dessa parceria Clesi/Ed. Aldrava Letras e Artes. Espero escrever outros livros deste gênero, e que Jenipapo possa dar frutos, especialmente porque o Clesi sabe trabalhar com projetos de leitura em escolas do Vale do Aço.

Marilia – Jenipapo tem gosto de algo mais. Você voltou aos tempos de criança para escrevê-lo ou ouviu música soprando-lhe versos, direcionado seu olhar para captar os mínimos detalhes?
J.S.Ferreira – A infância é um dos meus temas favoritos. Ela é como uma música que não ouvimos há tempo, mas que está gravada em nosso subconsciente e sempre que é tocada, nos faz recordar de fatos alegres ou tristes que nos marcaram ao longo da vida. A infância é mágica e dá graça à vida.





Marilia – Sua poesia, em Jenipapo, é como o cheirinho bom que vem da padaria para encher o dia com um belo amanhecer? O que dizer sobre este cheiro bom, está música boa que seu livro traz para os leitores?
J.S.Ferreira – A literatura, especialmente esta dedicada às crianças, deve agradar aos olhos, às mãos, à boca, aos ouvidos e além de tudo deve encantar. Se não tiver estes atributos, ela não cumpre com o papel principal da arte literária: fazer pensar, sendo agradável e bela.

Marilia – Como Aldravista, o que dizer da poesia em sua essência?
J.S.Ferreira – A poesia é a expressão máxima da liberdade. Assim, a minha poesia é Aldravista, pois não é presa a uma forma exclusiva, e está autorizada a ser experimentação de formas compostas de qualquer substância. Uso poemas sintéticos, temas banais, mas bato as portas da imaginação com versos questionadores.

Marilia – Como explica este estado de graça: explorar o máximo, retirar o mínimo e sintetizar o tudo?
J.S.Ferreira – O segredo é ser paciente e disciplinado. Gostar de fazer poesia e ter conhecimento para explorar tudo que o tema oferece como fonte de novos assuntos. Não sei se falaria em “retirar o mínimo”, mas em “perceber no mínimo” coisas máximas, coisas relevantes para a vida cotidiana, especialmente para aqueles que estão em fase de amadurecimento, de escolarização. A síntese, portanto, é conseqüência natural do exercício de ver e sentir o mundo que nos rodeia, nos seus mínimos detalhes.

(*)MUNAP:Museu nacional de Poesia(itinerante)

(**)As Ilustrações de JENIPAPO são de Rosane Dias

(***)O blog de Luiz Carlos Rufo, com telas e textos:http://luizcarlosrufo.blogspot.com

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