sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Ratinhos posando










Uma fotógrafa de 51 anos, chamada Ellen van Deelen, holandesa, oferece fotos deliciosas de ratinhos :usou um recurso chamado reforço positivo, em psicologia, para conseguir encantadadoras fotos de ratinhos brancos com pequenos instrumentos musicais. Segundo ela, eles posam porque a entendem.

Lembrei-me de meus tempos de faculdade, quando cursava Psicologia no CES (Centro de Ensino Superior, em Juiz de Fora, nos Anos 70).Meu ratinho tinha de bater "x" vezes num pequeno ponto, para que aparecesse uma goticula d'água.Condicionado, chegava a cem batidas para lograr êxito e poder beber a preciosa bebida.

Eu detestava o cheiro do biotério- o lugar onde os ratos ficavam.

No primento dia de aula, a professora perguntou algo, que ouvi como "Quem pega rápido?" Alguns de nós levantaram o dedo.Inclusive eu- confesso, pois sempre fui de aprender tudo rapidamente, sou meio elétrica, o que me faz cometer muitos erros de digitação, pois os dedos céleres tentam acompanhar um pensamento mais rápido ainda.

Na verdade, a professora , propositalemnte, falara anda mais rápidamente, queria dizer:"Quem pega Rato?"

Gelei.Meu pensamentos voaram: num livro de Biologia,vira fotos onde estava escrito:"mus musculus".Ou no livro de Latim , a apologia da montanha que estremece de forma avassaladora, mas dá à luz...um ratinho...Mas, se o pensamento dava escapadas, a acadêmica não tinha escolha.Sortearam-nos, aos pares, para depois escrever um trabalho de metodologia da pesquisa, cheio de regras, rodapés, cercaduras, bibliografia impecável.Como soi ser.Bem , eu não pego rato, eu pego rápido, tive vontade de explicar para escapar da escolha dos ratos "pessoais",pertencentes às duplas.

Na verdade eram ratos Norvegicus, de cauda enorme, que , qundo os segurávamos dentro da técnica, enrolavam-se em nosso braço.Não no meu.Dei sorte: minha parceira no experimento era dona , com o marido, de um canil-ou tomava conta de um , algo assim. Tinha prática com animaizinhos.E estava grávida.Supendia o animalzinho que parecia um coelhinho de orelhas curtas- ou uma cobaia- e o apoiava bem no alto da barriga enorme para transportá-lo.

Eu fiquei com o treinamento.Prendia a respiração, tinha pena do bichinho sedento.Minha mãe ,essa adoraria.Certa feita, no Sul de Minas , em Bicas do Meio-hoje Wenceslau Brás- pertinho de Itajubá, chamou-nos alegremente e corremos, os filhos, para ver o que era, dessa vez, o que essa alegre mãe queria nos mostrar:uma ninhada de ratinhos domésticos, rosados, quais miniporquinhos, dentro de uma garrafa de vidro transparente.
O bocal era estreito, a garrafa estava deitada.Eu gritei de horror, porque tenho asco de ratos, enquanto ela nos perguntava como os ratinhos teriam ido parar ali, encomendando comidinhas e tudo mais.E cogitando onde estaria a mamãe rata,mesmo depois de dscobrir muito papel roído para a ninhada, para o parto.Argh!

Mas desenhados, os ratos são lindos.Eu chegava da faculdade e inventava historiazinhas...Já formada, tive um paciente superdotado, a quem queria oferecer etapas compatíveis com a idade cronológica, distantes do computador que ele conhecia bem.Então, disse-lhe que fizesse um ratinho-um animal ao qual ele também temia, por asco, creio.
E eu ia criando a história anotando-a,a partir de nossas conversas - fazendo perguntas e ele ia desenhando, o que resultou em uma série.Apenas a primeira, foi minha , eu queria algo que eliminasse preconceitos, diferenças.E criei um rato que nascera com um rabo enorme.
Depois, ele , meu pequeno im/paciente, soltou-se.Seu rato passava por experiências em laboratórios russos, viajando sem querer no bolso de um cientista, de avião et bla bla bla...

Quanto à fotógrafa, chamou aos seus dois modelos, Moppy e Witje -e não é que adorasse ratos, pelo contrário , teria contado que antes, detestava-os - conforme a maioria dos humanos aliás :

"Eu odiava ratos. Mas depois que adquiri esses dois, me dei conta de que são animais limpos e muito inteligentes", revela.

E concluiu: "Tão inteligentes que reconhecem seus próprios nomes e entendem o que eu digo."


Para essas delicadas e interessate fotografias, Moppy e Witje nos dão a impressão de, deliciados, estar a tocar instrumentos :miniaturas de violão, banjo, flauta, e até saxofone.

Colocasse asinhas neles ,pareceriam anjos

O trabalho de Van Deelen abrange outros exemplares da fauna e da flora: faz fotos de aves,insetos, gatos, plantas.

E afirma lindamente:

"Como sou cristã, espero que minhas fotos mostrem um pouco da linda criação de Deus", diz.

De repente, recordo que passei a vida torcendo pelo Jerry , sempre perseguido pelo gato TOM .Eu não disse que, em desenho, eles são encantadores? E o fofo do filme Mr Litle?

Bem , vejam as fotos.

Vou procurar a minha história sobre o rato que nasceu diferente e postarei aqui.

Clevane Pessoa de Araújo Lopes

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